História do Professor Nilo brandão

21-10-2010 11:43

Quando alguém fala “Nilo Brandão” pode ocorrer duas reações: a pergunta sobre de quem se trata ou a imagem do prédio que abriga um colégio sito na Av. Jornalista Aderbal Gaertner Stresser, 552 , Bairro Cajuru. Com relação ao segundo grupo, se a pessoa estuda ou estudou na instituição, as recordações irão além do muro e um prédio, pois penetrará com a mente num mundo que ali fervilha. Mas quem foi Nilo Brandão afinal? Foi um professor. Sim, mas ensinava o quê? Língua Portuguesa. Mas Nilo Brandão vai além de um nome e uma profissão, pois se trata de um insigne professor que escreveu o nome na história.

Nascido em 9 de julho de 1893 e faleceu 4 de julho de 1966 também em Curitiba. Filho de um tenente, estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e depois na Escola Militar, mas abandonou a carreira para dedicar-se ao ensino. Fundou o Colégio Rui Barbosa, do qual foi diretor até 1928. De 1929 a 1932 lecionou Língua Portuguesa no Colégio Regente Feijó em Ponta Grossa, em seguida passou a lecionar História da Civilização e História do Brasil no então Ginásio Paranaense (atual Colégio Estadual do Paraná). No magistério superior exerceu a profissão na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná (hoje UFPR) como professor de História Contemporânea e de Português. Em 1942 ingressou como professor do Serviço de Ensino e Orientação Profissional na Rede de Viação Paraná Santa Catarina onde permaneceu até o ano de 1951 quando teve que optar pelo ensino superior. Foi reintegrado ao Colégio Estadual do Paraná em 1948, donde tinha sido injustamente demitido, passando a partir de então a ensinar a língua pátria. Lecionou também Português no Curso Técnico de Química do Paraná.

Entre os anos de 1952 e 1961 foi o diretor da revista "Correio dos Ferroviários", (destinada aos funcionários da RVPSC). Nesta, criou as colunas "Nos Domínios da Gramática" e "Corrija se Souber", nas quais, respondia as perguntas dos leitores.

Na imprensa usava o pseudônimo de “Nilo do Egito” onde objetivava mostrar a mocidade os caminhos do progresso. Escreveu diversos livros entre eles: “A Lógica da Frase”, “Curso de Português para o Ginásio”, Problemas Ferroviários” e Português Ginasial”. Escreveu também três peças de teatro (peças educativas): “O mecânico”, “O Poder do Amor” e “O Bilhete Premiado”, todas encenadas pelos alunos ferroviários sobe a direção do teatrólogo Waldemar Silva.

Como professor é lembrado como um mestre que utilizava uma didática simples, inédita e seguro. Implantou um método mais prático e menos acadêmico, mais acessível à assimilação dos alunos, de modo que esses aprendessem e frutificassem.

Logo após a sua norte, sobre a missão do mestre foi publicado o seguinte comentário no Correio dos Ferroviários (outubro de 1966): “transformar a argila amorfa e indefinida das gerações no mármore dos heróis, na férrea perseverança dos cientistas, na safira da santa abnegação dos sacerdotes, no lapidado brilhante do sonho dos artistas. E mestre, artífice dessa burilação, tem um pouco de tudo dar. Com humildade e amor semeia nas mentes virgens dos discípulos, a grandiosidade das obras do amanhã”.

Por fim, B. Nicolau dos Santos escreveu em abril/maio 1956 no “O Professor”, número II o seguinte comentário: “Poucos o conhecem, intimamente, através de sua modéstia que esconde sólida e invejável cultura, bondade inata e boníssimo coração. […] Antes de tudo, devo acrescentar que, o autor de “A Lógica da Frase” - tem um grande defeito. É modesto”.

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